Um novo mecanismo identificado em camundongos e células endócrinas humanas que povoam o intestino delgado sugere uma possível via de surgimento da doença de Parkinson. 

 

IMAGEM (1)

Créditos da imagem: Chandra et.al. 2017

Dentro dessas células foi encontrado uma proteína, chamada alfa-sinucleína, cujo dobramento incorreto resulta na sintomatologia e neurodegeneração associadas a doença de Parkinson, bem como a doença de Alzheimer. Estas pesquisas recentes sobre a doença de Parkinson se concentraram na conexão do intestino com o cérebro, examinando as bactérias intestinais dos pacientes e até mesmo como a separação do nervo vago, que liga o estômago e o cérebro, poderia proteger algumas pessoas desta debilitante neurodegeneração.

Porém, pouco ainda se sabe sobre o que está acontecendo no intestino – a ingestão de toxinas ou microrganismos ambientais, talvez – que poderia levar aos danos cerebrais e as características do Parkinson, como tremores, rigidez e outros problemas motores. De acordo com os achados publicados em 15 de junho na revista JCI Insight, pesquisadores e colaboradores da Duke University hipotetizam que um possível agente no intestino (toxinas, bactérias etc) pode interferir com o dobramento da alfa-sinucleína das células endócrinas intestinais.

A proteína deformada poderia, então, se espalhar através do sistema nervoso para o cérebro, como um príon, de forma semelhante ao que ocorre na “doença da vaca louca”.

Veja mais sobre essa pesquisa no paper em anexo!

α-Synuclein in gut endocrine cells and its implications for Parkinson´s disease

 

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