Um pouco de estresse faz bem e prolonga o tempo de vida!
Créditos da imagem: Labbadia et.al., 2017
Em um estudo realizado no famoso vermzinho transparente, o C. elegans, uma equipe de pesquisa da Northwestern University, EUA, descobriu que sinais intracelulares proveniente de mitocôndrias levemente estressadas (a “indústria” celular de energia) impedem a falha na maquinaria de controle de qualidade (proteostase) do citoplasma, fenômeno este que ocorre naturalmente com o envelhecimento.
Isso, por sua vez, suprime o acúmulo de proteínas danificadas, que ocorre em doenças degenerativas, como doenças de Alzheimer, Huntington e Parkinson e esclerose lateral amiotrófica (ALS). Os pesquisadores descobriram que um estresse mitocondrial moderado é gerado, o sinal de estresse mitocondrial é realmente interpretado pela célula como uma estratégia de sobrevivência. Isso torna os animais completamente resistentes ao estresse e duplica sua vida útil.
Por que a utilização do C.Elegans como modelo? Este pequeno nematódeo tem um ambiente bioquímico e propriedades celulares semelhantes às dos seres humanos e é uma ferramenta de pesquisa popular para estudar a biologia do envelhecimento. Além disso, já é sabido que os componentes celulares que apresentam papel no envelhecimento biológico são conservados em todos os animais, incluindo seres humanos, e oferecem alvos para futuros estudos.