Fusão de membranas: nem tudo está nas mãos do complexo SNARE
Créditos da imagem: D’Agostino et.al., 2017
A fusão de membrana em células eucarióticas é importante para a biogênese de organelas, tráfego vesicular e exo e endocitose de importantes moléculas de sinalização, como hormônios e neurotransmissores. A “missão” de fundir uma vesícula é membrana é desempenhada por diferentes proteínas da membrana celular e da própria vesícula.
Proteínas do tipo “tethering” medeiam o reconhecimento inicial e a fixação das membranas, enquanto as proteínas do complexo SNARE são consideradas como o motor de fusão final. Os complexos SNARE fornecem energia para distorcer as membranas e conduzi-las através de uma hemifusão intermediária para a formação de um poro de fusão.
Esse último passo é altamente exigente energeticamente, uma vez que fusionar duas unidades de membranas lipídicas separadas por uma camada de água, é altamente difícil. Neste trabalho, foi demonstrado que as proteínas “tethering” são críticas para superar a barreira de energia para a formação deste poro de fusão, assumindo um papel mecânico crucial na fusão de membranas. Sendo assim, foi concluído que nem tudo é completamente efetuado pelas proteínas SNARE e que a participação das proteínas “tethering” é até mesmo mais importante.
Veja mais no paper em anexo:
A tethering complex drives the terminal stage of SNARE-dependent membrane fusion