Imagens de super-resolução adquiridas em um microscópio confocal convencional!
Créditos da imagem: Schueder et.al., 2017.
Os biólogos celulares usam tradicionalmente marcadores fluorescentes para marcar e visualizar células, organelas e até mesmo moléculas individuais ao microscópio. Com diferentes métodos de microscopia de super resolução, é possível até mesmo observar moléculas únicas e suas interações complexas umas com as outras. No entanto, o hardware de microscopia que lhes permite fazer isso é altamente especializado e caro e, portanto, relativamente raro nos laboratórios atuais.
Sendo assim, os pesquisadores têm desenvolvido uma técnica chamada DNA-PAINT, uma poderosa tecnologia de imagem molecular que envolve interações transitórias de DNA-DNA para localizar com precisão os marcadores fluorescentes com super-resolução.
A técnica de DNA-PAINT acopla uma “alça” de DNA à molécula de interesse. Em seguida, um DNA “imager strand” com uma sequencia complementar, marcado com um fluoróforo, se liga de forma transitória à “alça” e produz um sinal fluorescente “piscante” – blinking-, em regiões moleculares únicas. Como “piscar” é precisamente ajustável, podem-se distinguir moléculas que estão a apenas nanômetros de distância umas das outras.
No entanto, embora os pesquisadores tenham demonstrado o potencial de DNA-PAINT ao visualizar biomoléculas únicas, como proteínas, em células fixadas, a tecnologia ainda não poderia ser aplicada para investigar moléculas dentro das células. Porém, agora, essa limitação foi resolvida. Em um estudo publicado na Nature Communications, os pesquisadores adaptaram a tecnologia DNA-PAINT para microscópios confocais convencionais, utilizando uma lente acoplada aos tradicionais microscópios Spinning Disc. A equipe do MPI / Wyss Institute demonstrou que o método permite visualizar uma variedade de moléculas diferentes, incluindo combinações de diferentes proteínas, RNAs e DNA em toda a profundidade das células inteiras e em super-resolução, utilizando um microscópio confocal convencional!
Veja o estudo na íntegra no arquivo em anexo: