Você já ouviu falar na doença de Hirchsprung?
Créditos da imagem: Porokuokka et al, 2019.
A doença de Hirchsprung atinge cerca de um em cada 5.000 bebês. Esta condição é caracterizada pela ausência de plexos neuronais entéricos no cólon distal, fazendo com que o conteúdo do intestino não pode pelo orgão normalmente, resultando em constipação e aumento do cólon.
A condição é tratada com uma remoção cirúrgica da parte intestinal afetada, mas os pacientes permanecem com alto risco de enterocolite ou inflamação do intestino. Esta é a principal complicação que pode gerar risco de morte na doença de Hirschsprung.
Cerca de metade dos casos da doença de Hirschsprung são causados por mutações em um gene chamado RET. RET é um receptor tirosina-cinase que está localizado na superfície das células. Durante o desenvolvimento, um complexo formado por duas proteínas chamadas GDNF e GFRa1 se liga ao RET e ativa a sinalização necessária para o desenvolvimento normal dos neurônios entéricos.
Para o desenvolvimento de novos tratamentos, os modelos animais da doença são na maioria das vezes um pré-requisito. Este trabalho coordenado pelo Professor Jaan-Olle Andressoo da Universidade de Helsink, na Finlândia, descreve a geração e caracterização do primeiro modelo de camundongo viável da doença de Hirschsprung e enterocolite associada, que apresentam um defeito na sinalização de GDNF / GFRa1 / RET representando assim o que ocorre na maioria dos pacientes.
Utilizando estes animais, os pesquisadores observaram que a redução da expressão de GFRa1, um dos ligantes do RET, pode contribuir para a suscetibilidade à doença de Hirschsprung. O novo modelo animal gerado servirá como uma ferramenta útil para melhorar a compreensão da doença e para definir possíveis estratégias terapêuticas futuras.
Gfra1 under-expression causes Hirschsprung’s disease and associated enterocolitis in mice (2)
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