Tunneling Nanotubes: protrusões citoplasmáticas que permitem o intercâmbio de moléculas e organelas entre células.
Créditos da imagem: Sartori-Rupp et al, 2019.
Você já imaginou que duas células distintas pudessem trocar mitocôndrias entre si? Foi o que pesquisadores franceses mostraram em um trabalho recentemente publicado na revista Nature Communications.
A organização da comunicação intercelular é essencial para organismos multicelulares. Um mecanismo pelo qual as células se comunicam é através de longas protrusões membranosas ricas em actina, chamadas de tunneling nanotubes (TNTs), que permitem o transporte intercelular de várias cargas, entre o citoplasma de células distantes, in vitro e in vivo. Com a maioria dos estudos não conseguindo estabelecer sua identidade estrutural e examinar se eles são verdadeiramente tubos de comunicação com as extremidades abertas, existe a necessidade de estudar a anatomia dos TNTs em resolução nanométrica.
Neste trabalho, os pesquisadores utilizaram técnicas correlativas de FIB-SEM, microscopia de luz e criomicroscopia-eletrônica para elucidar a organização estrutural dos TNTs em células neuronais. Os dados indicam que eles são compostos de um feixe de tunneling nanotues individuais abertos (ITNTs) que são mantidos juntos por N-Caderina em alguns pontos da membrana. Além disso, os iTNTs são preenchidos com feixes de actina paralelos nos quais que formam trilhos para a transferência de organelas como mitocôndrias e vesículas. Estes resultados fornecem evidências de que os TNTs neuronais têm características estruturais distintas em comparação com outras protuberâncias celulares previamente identificadas. Desta maneira, retornamos a um paradigma sobre a teoria sincicial. Será que todas as células estão fisicamente acopladas formando uma rede única?
Veja o trabalho na integra:
Correlative cryo-electron microscopy reveals the structure of TNTs in neuronal cells
Keywords: #tnts #cellbiology #cytoskeleton #intercellularcommunication