Laranja de acridina: modificações de um protocolo para uma melhor observação da atividade transcricional de células individuas em cultura ou diretamente em amostras de tecidos.
Créditos da imagem: Damas-Souza et al, 2019.
Novas ferramentas são sempre desejáveis para examinar o estado metabólico das células individuais dentro dos tecidos. Os ácidos nucléicos são polianiônicos e seus nucleotídeos carregados negativamente permitem a ligação de corantes catiônicos, como o laranja de acridina (3,6-dimetilaminoacridina). O laranja de acridina (AO) foi sintetizado pela primeira vez em 1889, mas sua capacidade de ligar ácidos nucléicos só foi relatada em 1940, com maior melhoria em 1950. AO interage com DNA de cadeia dupla por intercalação, enquanto que com o RNA de fita simples interage por interações iônicas e empilhamento do corante, resultando em fluorescência diferente com emissão máxima a λ = 530 nm e 640 nm para DNA e RNA, respectivamente. Publicado recentemente por pesquisadores da UNICAMP, o objetivo do trabalho foi descrever um protocolo para a coloração simultânea de DNA e RNA com laranja de acridina e fast-green (AO-FG), melhorando a seletividade para ácidos nucléicos e permitindo observação do estado metabólico das células individuais, seja dentro dos tecidos ou em culturas celulares, sem interferência de proteínas. A aplicação da técnica foi mostrada com exemplares de próstata de ratos e em cultura de células PC3. Os resultados confirmaram que o uso combinado de AO e FG é útil para detectar DNA e RNA simultaneamente, bem como para avaliar quantitativamente a atividade transcricional de células individuais e suas alterações em resposta à manipulação experimental. Veja o trabalho na íntegra:
An improved acridine orange staining of DNA-RNA